domingo, 31 de janeiro de 2010

Last wall

O sol e o vento no meu rosto secavam as lágrimas que insistiam em caiam, meu braço doía e ardia naquele gesso quente e abafado. Estava cansada de chorar e tinha medo de seguir a minha vida.
Sim. Eu, uma pessoa normal, como tantas outras. Bom, não importa mais, ele tinha ido embora não tinha ?
A única coisa que conseguiu me tirar dos pensamentos foi o meu celular, pulei de susto quando começou a tocar .Our song.
- Alô ? - minha voz estava tão fraca que não sabia se a pessoa do outro lado poderia ou não ouvir .
- Melissa ? - Tudo bem. Otimo. Era ele. É só ser direta e não gritar.
- O que você quer Nate ? - falei quase gritando, o que não chamou muita atenção já que eu era a única naquele cemitério.
- Olha, eu sei que não devia ter feito isso, eu sei que passei dos limites, mais será que você não vai me perdoar nunca? Pô, o cara morreu faz três dias! - então eu voltei a chorar.
- Não fala assim do Drake. Não fala assim dele nunca mais . - A esse ponto eu já estava soluçando e quiz desligar na cara dele.
- Melissa por favor. .Um dia você vai ter que continuar a sua vida, você não vai poder chorar ai para sempre. - Juro que ia desligar na cara dele.
- Sabe do que mais Nate ? Você é só outro convensido o.k ? Nunca mais fale comigo. - e desliguei o telefone.
Mas por mais que eu não quizesse o que ele falou era verdade. Ele não ia voltar, não ia. Nunca mais.
Porque era tão difícil assim ? Até a mãe dele encarou isso numa boa. Não que ela não tenha chorado, porque chorou . E muito ! Mais isso foi só nos dois primeiros dias, depois ela se conformou.
As minhas não, quanto mais eu chorava mais tinha vontade de chorar.
Estava de joelhos com a mão na grama, até que o sol começou a se pôr. Minha vontade era deitar ali mesmo e ficar, estava cansada demais para andar até em casa .
Mesmo que com dificuldade, olhei denovo para sua lápide, com as flores em volta - a maioria minhas.
Peguei minhas coisas e levantei.Olhei para os lados . Não tinha ninguém. Tudo bem eu admito , eu fiquei com um pouco de medo , eu nem sou supertistiosa , mais vai saber .
Eu moro em Salen afinal. Todos em Salen acreditam em bruxaria e nas irmãs Sanderson. Eu sinceramente odeio tudo isso, não sei porque me mudei para cá. Queria ter ficado com o meu pai em Minessota.
Fui andando pela estrada de terra, pois dizem que se pisar num túmulo desconhecido, puxam seu pé de noite .
Vai saber, as coisas definitivamente não são normais aqui em Salen .
Não me preocupei em andar depressa, aqui era a cidade que menos se tinham assasinatos e estrupos. Já tinha ligado para minha mãe antes e dito para ela não me esperar, que eu ia demorar, já que ela sabia que isso era importante para mim
nem se importava mais me deixava ficar o tempo que quizesse, já que não tinha nada para ouvir, comessei a pensar, e a reelembrar aquele dia, aquele dia que ele foi morto pelo Chad, aquele infeliz, e burro do Chad . Como alguém poderia fazer isso com o meu melhor amigo? Mais é isso que acontesse quando se bebe demais em uma festa, sempre atropelam alguém, alguém que as vezes era tão puro que não merecia isso, como o Drake.
Ele tinha uma vida normal, era bom aluno e ajudava a sua mãe, seus sonhos eu escobri ontem, quando entrei no seu quarto para pegar alguma coisa se quizesse. Queria se formar e ir comigo para alguma faculdade, 'qualquer uma, - ele escreveu - desde que eu esteja com a minha melhor amiga ' em cima do criado-mudo estava uma foto nossa, tirada a alguns dias pela mãe. Porque ele ? Porque não eu ? Eu queria muito poder estar no lugar dele, mas ao invez disso ganhei apenas um braço quebrado. ótimo.
Quando cheguei no topo de uma outra montanha, eu vi que não faltava muito para chegar na porta. Mas também vi que, além de tudo, elas estavam fechadas .

Otimo.
Agora eu estava presa nem cemitério em pleno 31 de outubro, com o braço quebrado, sem comida nem agua, e com frio - sério, estava realmente muito frio -, em pleno halloween.
Não que eu acredite nisso, porque é pura besteira. É incrivel como o pessoal aqui de Salen acredita .Tá bom que um morto vai levantar do túmulo.E nem mediadores me fizeram acreditar , " uma vergonha para a cidade das bruxas" era oque eles dizem sobre mim, não tenho culpa se minha mãe me arrastou pra cá .
Pela segunda vez na minha vida me senti abandonada, minha mãe não me ligaria, e eu não tinha mais para quem ligar, e minha bateria tinha acabado mesmo.
Olhei para os lados procurando alguém que pudesse me ajudar a sair dali . Ótimo, ninguem, e o que eu esperava ?
Era 31 de outubro , todos estavam em casa chorando por seus parentes perdidos ou pedindo doces - na caso das crianças -, e ninguem nem passa perto daqui no dia 31.
Ótimo, eu estava ferrada - e me desculpe o palavreado, mais eu não estou pensando direito .

Procurei por tudo até ver com o canto do olho alguem se mexendo no bosque não muito longe daonde eu estava, senti um calafrio, não queria ser a primeira assacinada ou estrupada aqui em Salen.
Começei a correr, mais senti que o vulto me acompanhava, corri até que não pude aguentar mais e cai de joelho na frente do - que surpreza - tumulo do Drake.
Minha respiração estava dificil - por conta da corrida, e também pelo suposto assacino que estava me seguindo - até que alguem relou meu ombro e eu gritei o mais alto que pude.
- Desculpe, eu não quiz assustar você - disse a figura e se sentou do meu lado. Era um menino, talvez da minha idade, ou uns dois ou três anos mais velhos, pelo que deu para ver ele tinha o cabelo loiro e seus olhos pareciam um azul intenso. Não sei, não dava para ver direito com a luz dos postes.
- É, você conseguiu. - minha voz saiu esganiçada. E eu ri de nervoso.
- Sério, me desculpe. É que há dois dias te vejo chorar aqui, é seu parente ou algo assim ? - ele me encarou.
- É quase isso. - e vendo que ele queria mais, completei - era meu melhor amigo.
- Sinto muito. - ele abaixou a cabeça.
- Obrigada. - eu olhei bem para ele por algum tempo , e ele também . Ficamos assim, olhando um ao outro.
- Ham, meu nome é , Justin, pode me chamar de Matt se quizer eu sou novo aqui na cidade, e estou me sentindo um idiota aqui . - ele passou a mão pelos cabelos loiros.
- Meu nome é Taylor, seja bem vindo, e não está parecendo um idiota. - e pela primeira vez um três dias eu sorri.
- Nossa, eu te fiz sorrir ! Me chamar de idiota te faz feliz. ótimo. - ele tinha ironia no olhar.
- Não é isso, porque está se sentindo um idiota ? - eu o encarei.
- Eu te sigo a dois dias, e estou preso em um cemitério com você, não era pra se sentir idiota ? - ele deu um sorriso que derreteria qualquer
coração de qualquer garota da minha escola, eu não pude deixar de sorrir também.
- Desculpa, mais eu não estou acostumada com garotos me seguindo. - eu ri .
- Eu também não sou acostumado a seguir garotas.- ele se sentou mais perto de mim. - mas você parecia tão triste.
- E estou, pode acreditar . - eu arqueei as sombrancelhas.
- Eu sei. Se precisar de qualquer coisa pode falar. - ele se animou com a idéia .
- Nesse momento eu só preciso sair daqui, depois preciso comer alguma coisa e dormir . - eu olhei para ele .
- Bom, parece que sair daqui vai ser só amanhã mesmo . Eu tenho água e chocolate .
- Ótimo , era tudo que eu precisava . - eu bufei .
- Não quer o chocolate, nem a água ? - agora estava oferecendo um pedaço do seu hershey meio mordido para mim .
- Eu estava falando sobre estar presa aqui. - disse enquanto pegava o chocolate de sua mão e mordia um pedaço bem generoso .
- Não gosta de ficar aqui comigo ? - Ele ergueu uma sombrancelha .
- Não é isso ! - eu denovo quase gritei - É ótimo ter alguem comigo, mas isso aqui está começando a me deixar com medo . - eu olhei ao redor, era realmente assustador . - sem falar o frio, eu estou quase morrendo aqui ! - ele me ofereceu água e eu bebi quase tudo .
- Toma, pode pegar minha blusa . - ele dizia enquanto tirava seu moletom .
- Não ! Eu não posso aceitar, está muito frio aqui . Seria loucura .
- Loucura seria deixar uma dama tão linda como você sentir frio , divide comigo então, ela é grande o suficiente para nós dois . - ele tirou um braço e deu um tapinha na grama ao lado dele, me chamando para sentar lá . Eu levantei e me sentei . A sensação do seu corpo quente sobre o meu me aliviou, relaxei todos os meus musculos e me sentia bem. Ele passou a mão por tras e me abraçou . Eu não disse nada, apenas fiquei lá, sentindo o calor do seu corpo sobre o meu. Encostamos em uma arvore, até que aos poucos adormeci.

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Tudo bem, eu já tinha começado essa história no meu outro blog, mais ai eu peguei e reescrevi, então o que acharam ? obrigada pelos comentários . (:
beeeeeeeeijos :*

2 comentários:

Complicated Girl disse...

AMEI de mais Anna. se você for continuar a postar, pode ter certeza que eu vou ler tudinho tudinho.
VOCÊ TEM MUITO TALENTO BEST*.*

Victoria Lopez disse...

amei essa estoria linda dmais e muito interessante,,adorei seu blog