terça-feira, 31 de agosto de 2010

Haunted;


Eu tinha de ser rápida. Mais rápida do que jamais fui. Eu sorri. Já tinha corrido tanto por toda a minha vida, que não devia ficar tão preocupada com isso. Mas eles me davam medo. Mais do que qualquer outra criatura que eu já havia encontrado – o que, se for ver, eram muitas.
Apertei o arco de madeira contra mim, me lembrando do quanto eu o achara pesado a primeira vez que Bryan me dera. Agora parecia haver apenas uma pena longa e fosca em minhas mãos – eles não gostam de brilho e, mesmo se gostassem, um arco brilhando a noite chamaria muita atenção.
Peguei uma flecha com a ponta em forma de estrela, e a posicionei no arco. Era agora ou nunca. Meu coração estava acelerado e as minhas mãos tremiam, sabia que seria difícil acertar o alvo de primeira. A escuridão não ajudava, mas meus olhos se acostumam fácil a ela, me permitindo ver pelo menos uns trinta metros a minha frente. Mas eles eram rápidos. Muito rápidos. E a julgar pelo horário, estavam com pressa.
Não que seres como ele tivessem horário, porque não tem. Mas pelo que eu escutei da conversa entre Dean e Bryan eles tinham até as 7 da manhã para leva-la até a mata e darem um jeito nela. E quando digo dar um jeito quero dizer que vão mata-la. Nem era da minha conta na verdade, mas eu sempre fui assim. Não é agora que vou mudar.



Prólogo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Entre humanos e vampiros. (2)

Mesmo assim o ignorei e pulei a janela. A altura não era grande, mas era como se eu tivesse pulado doze metros e não quatro. Não me machuquei quando cheguei ao chão, apenas um leve formigamento no pé direito, mas eu sabia que não era nada, e não esperei mais, parti correndo ao meio da mata.
Eu ouvia o barulho da chuva, mas não a sentia, olhei para cima para ver se era chuva mesmo, ou se meus ouvidos estavam chiando. Então eu tropecei na raiz de alguma árvore, e provavelmente torci o tornozelo com a queda. Eu conseguia suportar a dor, mas precisava de um médico - vampiros tem poder de auto-cura, mas não vampiros novatos como eu, se tentarmos, ganhamos uma enorme dor de cabeça.
Tateei os bolsos das calças, procurando meu celular. Mas ai lembrei que não tinha para quem ligar. Meus pais me deixaram morando sozinha aqui a dois anos. Tinha o Max, mais ele me odiava. Eu não tinha amigos. Só o Justin, com quem eu falava muito, mas secretamente. Ele parecia suspeitar de eu ser vampira, mas nunca me disse nada. Talvez por medo, eu não sei.
Eu queria ligar para ele. Queria mais que tudo. Mas qual seria a minha explicação? Eu estava andando no meio da mata as onze horas da noite em uma plena segunda-feira? Ele não acreditaria, olharia no fundo dos meus olhos e me obrigaria a dizer a verdade, mas eu não podia contar nada a ele. E se ele não quisesse mais falar comigo? Não suportaria mais a idéia de não o ter. Justin poderia não gostar de mim como mais que amiga, mas isso era melhor que nada.
A dor no meu tornozelo me fez lembrar que eu precisava de um médico, e sem pensar duas vezes, liguei para o Justin. O número chamou até cair na caixa postal. Ele deve estar dormindo. Então com certa dificuldade me levantei, encostei-me a uma árvore perto de onde eu havia caído e lentamente fechei os olhos.
Não sei quanto tempo se passou desde que havia dormido, mas ainda estava escuro, meu tornozelo ainda doía e a chuva agora podia ser sentida, levei alguns minutos até me lembrar onde estava.
- Haley! – Justin me chacoalhava na tentativa de me acordar.
- Jus... Justin? – Eu estava encharcada e ele também. A quanto tempo estaria me procurando? – O que você...? Onde eu estou?
- Calma Haley. – disse ele me abraçando. – Eu te achei, vai ficar tudo bem agora. Acha que consegue se levantar?
- Acho que torci o tornozelo. – ao olhar para meu tornozelo, vi que meu tênis estava jogado do lado, e ele estava enfaixado com um pano molhado, desci os olhos para a camisa do Justin, e a vi rasgada.
- Não vai adiantar muito, parece que a coisa foi muito feia, você precisa de um médico, a quanto tempo está aqui? – Ele se levando e me ajudou a levantar também.
- Depende de que horas são. – respondi me equilibrando em um pé só.
- Quatro horas. – Arregalei os olhos de susto e perdi o equilíbrio, fazendo Justin gentilmente me segurar. Estar perto dele era tão difícil, sentir seu cheiro quase me fazia esquecer que eu era “vegetariana”.
- Faz cinco horas que eu estou aqui?
- É o que parece, mas depois nós vemos isso. Seu tornozelo está muito inchado, você precisa ir agora ao hospital, suba nas minhas costas. – então eu olhei para a parte superior de sua testa, e vi seu corte – ainda muito recente. – mas agora estava sem sangue algum, por causa da chuva. Justin percebeu para onde eu estava olhando, porque imediatamente jogou um pouco do seu cabelo encharcado em cima do corte.
- O que aconteceu Jus? – perguntei enquanto tirava seu cabelo de lá.
- Nada grave Haley, - respondeu tirando a minha mão de lá. - Temos que ver seu tornozelo primeiro. – Concluiu ainda segurando a minha mão.
- Sempre tão teimoso. – disse enquanto acariciava seu rosto. Justin fechou os olhos e segurou também a minha outra mão, depois a passou para traz do seu pescoço e se aproximou de mim, até nossas testas estarem coladas.

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Eei ! Finalmente postei isso aqui! Comecei hoje meu novo projeto de livro -q e vou postar a primeira parte aqui. (:
e por favor, entrem no blog dos meus amiigos, são novos por aqui : http://matlh.blogspot.com/
love,love,love!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Remember September.


Meus passos são lentos. Apesar da chuva eu não tenho presa, pois preciso caminhar para lembrar. Foi em setembro, eu me lembro. E de cada passo que você deu, de cada sorriso, os mais bonitos foram o daquela caminhada de setembro. Eu era a pessoa mais feliz do mundo, e você estava do meu lado. Parecia que nada podia nos vencer, e que ficariamos juntos para sempre. Posso te sentir em todos os lugares que eu vou, e tudo parece me lembrar você. Mas agora eu olho para os lados e não te vejo. Chego no parque alguns minutos depois e vou para o telescópio. As nuvens tampavam qualquer possibilidade de ver qualquer estrela, mas eu ainda via a nossa. Sempre lá, sempre brilhando. Ela é a única coisa que me conforta depois que você se foi. Saber que ela ainda está lá, assim como o nosso amor, que ainda está aqui, e eu posso senti-lo. Volto para casa enquanto me lembro de você. Me lembro de você me abraçando nos dias chuvosos como este, e o quanto eu me sentia confortavel e segura ao seu lado. É como se eu ainda pudesse te ver sorrir para mim toda noite antes de dormir e também quando acordo, é como me sinto bem quando lembro de você, e quando caminho pelo parque. É como ver aquela estrela. A nossa estrela. É o amor que eu sinto, e que não vai acabar, não importa se você está mais do meu lado.
Mesmo eu ainda querendo te tocar, sei que não vai acontecer. Mas eu ainda posso te sentir em todos os lugares que eu vou, e sempre vou me lembrar daquela caminhada de setembro.

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Pauta para Blorkutando.

sábado, 14 de agosto de 2010

Masquerade. (2)

Chapter two - I fall in love with him.

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Ele me seguiu. Por todos os lugares, mesmo eu dando milhões de voltas para despistá-lo. Ele me seguiu. Minha intenção era ser séria e ir para casa hibernar até ele morrer. Ou até eu morrer. Era uma opção. Mas vê-lo ali, me seguindo, tentando ser agente secreto, era tão ridículo que eu fiquei com dó dele. Zac era realmente ruim nisso. Digo, muito ruim mesmo. Eu parei para rir e ele me alcançou.

- Senti falta desse riso, me lembra momentos tão bons. – Quando vi, ele já estava perto demais para voltar atrás. Não. Eu não o beijei.

- Também senti sua falta. – Disse o abraçando.

- Claire, me perdoe tudo bem? Por tudo. Agora não tenho mais planos. Eu recusei o estágio, e quero ficar aqui com você. – Eu o olhei incrédula, enquanto ainda o abraçava.

- Você recusou? Zac, você é louco? – Eu me soltei dele com tudo. Esse estágio era tudo que ele mais queria na vida.

- Sim Claire, sou louco por você. – Eu o encarei. Ok, ele me beijou uma noite, e depois disse que éramos apenas amigos, que ia embora para um estágio a mil trezentos e quarenta e cinco quilômetros daqui. Depois ele diz que desistiu de tudo e que vai ficar aqui comigo.

- Ahn? – Foi tudo que eu consegui dizer.

- Eu amo você Cler.- Então Zac me beijou. Ali, no meio da rua, sem ninguém olhando.

- Eu também amo você Zac. – disse por fim, sabendo que era verdade.

sábado, 7 de agosto de 2010

Masquerade.


Entrei pelos fundos. Não queria ser notada, ainda mais depois de tudo. Digo, não de ter perdido todo o dinheiro da irmandade, isso meu pai daria um jeito. Mas sim por ter levado um fora do meu melhor amigo de anos, o cara mais popular daqui. Nós ficamos, mas ele não quis mais nada. E eu meio que surtei. Droga, era um baile de mascaras, não poderia ser tão ruim, afinal, eram mascaras, ninguém iria me reconhecer não é?

Respirei fundo, contei até dez, soltei o ar e passei pela porta. E mesmo sendo entrada dos fundos, todos olharam para mim e começaram a cochichar. Brigitha passou reto - seus longos cabelos loiros eram sua identidade -, London olhou e jogou um sorrisinho idiota. Sua máscara me dava medo. Bem a cara dele. Entrei e pedi uma bebida ao barman, que alias me serviu de mal gosto. As noticias correm rápido aqui na irmandade. Bela irmandade, aliás. Cadê as amigas essas horas? Peguei minha bebida e me sentei num banco. Então ele entrou, porque, mesmo com a máscara reconheci os seus olhos azuis. Meu ex melhor-amigo-ficante. Todos os olhares de absolutamente todas as garotas viraram para ele. E até alguns caras gays. Mas, sério, o que viram nele? Digo, além da beleza, do carisma, do jeito ótimo que ele te faz sentir? Tomei um longo gole da bebida, que estava forte. Lady Gaga berrava nas caixas de som. Algumas garotas, – que tinham namorados por acaso – pediram licença para ir ao banheiro. Ridículo. Zac sempre odiou saidinhas. Será por isso que ele olhou bem para mim e sorriu? Deve estar comemorando por eu estar aqui, sozinha, sem ninguém e odiada. Ele veio até mim e todas me fuzilaram com o olhar. Eu, que estava virada para a festa, me voltei para o barman. Seus olhos brilhavam de ver o Zac. Ótimo, o barman era gay.

- Esqueçe, ele não joga no seu time. – disse por fim, antes que vomitasse de vê-lo tão feliz por isso. Ele me olhou com uma cara horrível, mas depois se voltou para o Zac, - agora do meu lado – com um sorriso ainda maior do que o último. Coisa que eu duvidava.

- O mesmo que o da moça. – pediu ele.

- Claro querido. – Respondeu o Barman. Eu engasguei com a bebida.

- Olá Clarie, linda noite não é? – Eu o olhei com cara de nojo. Porque estava falando comigo? O barman entregou a bebida o mais rápido que pode e ele tomou um gole.

- Seria se você não estivesse nela. – rebati e voltei em me concentrar em beber. Eu não o olhava, mas podia ver o sorriso no canto da sua boca. Também podia ver o quanto ele ficava sexy com aquela pólo agarrada e aqueles jeans. Os que eu dei para ele. E os olhos extremamente... Os jeans que eu dei para ele? Eu tinha mandado ele...

- O que você faz com os jeans que eu dei pra você? Te mandei jogar fora não foi? – Eu fui para cima dele. Não cheguei a bater nem nada, só fui para cima. Instinto. Zac apenas deu um sorriso de lado.

- Mandou, mas você sabe que eu não obedeço ordens Claire, e sabe ainda mais que amo de deixar brava não é? – Então ele me roubo um beijo. Não beijo de novela, nem nada. Só relou a boca na minha. Só. Eu já via alguns ossos sendo quebrados quando eu saísse daqui.

- O que você tá fazendo Zac? Quer que eu morra? Faz parte de mais algum plano idiota? – Ele vivia cheio de planos, idéias. É por isso que não quis ficar comigo, ele iria para um estágio fora do estado e não queria um relacionamento a distancia. Agora quase todos olhavam para mim.

- Claire, não precisa gritar, posso terminar de falar? – Ele agarrou os meus dois braços com força, mais eu não queria mais saber de nada.

- Não Zac, você não pode deixar suas fãns esperando. – Fiz todo meu esforço para me soltar de seus braços, e consegui. Sai de lá pisando forte, com a cabeça levantada.


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Eei, eu não abandonei aqui! O único problema era esse computador aqui, mas hoje ele está bonzinho (: Tem continuação, e tenho mais coisas para postar.

Lovelovelove! A.